segunda-feira, 29 de maio de 2017

domingo, 28 de maio de 2017

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O QUE É A FILOSOFIA REFORMACIONAL?

No final de 2014 iniciei meus estudos em filosofia reformacional, filosofia essa ainda não muito conhecida no Brasil, mas já difundida no ambiente acadêmico teológico calvinista. Neste texto, Guilherme de Carvalho, traz uma breve definição dessa vertente filosófica.


I. O QUE É A FILOSOFIA REFORMACIONAL?

Primeiramente, é claro, precisamos saber o que é filosofia. Mas há tantas definições de filosofia quanto existem filósofos; cada um tem um projeto filosófico diferente tornando quase impossível uma definição universal de filosofia. Isso, por um lado, não nos impede de fazer tentativas para encontrar algo comum às diversas filosofias. Por outro lado, nos dá liberdade para fazer novas propostas.

De um modo geral, podemos dizer que uma tarefa básica da filosofia é a crítica. No tempo dos Sofistas e de Sócrates, foi posto no centro da filosofia o questionamento, a pergunta crítica. Não se trata aqui apenas da pergunta pelo saber, como encontramos na ciência moderna, mas a pergunta crítica pelo saber; a pergunta que se volta sobre as respostas e as tornam objeto de perguntas. Foi assim que Sócrates nos ensinou a filosofar.

Mas antes dele, os pré-socráticos perguntavam sobre o cosmo. Eles queriam saber qual a sua estrutura, sua constituição básica. Essa pergunta pela totalidade, pelo sentido total do cosmo, utilizando a razão é mais antiga que Sócrates, e foi através dela que a filosofia ocidental teve início.

De um modo ou de outro, mesmo quando estamos ocupados com a crítica de qualquer coisa, o fazemos a partir de uma visão de mundo, e esse ponto de partida deve, finalmente, ser objeto de análise e compreensão. Ninguém crítica a partir do “nada”; para colocar algo “entre parêntesis” e realizar uma análise, é preciso ter algo “fora” dos parêntesis; é preciso um sistema para realizar a análise, uma base de comparação.

Origens da Filosofia Reformada

A filosofia reformada ou reformacional, é um movimento que teve origem na Holanda, no início do século XX, através do trabalho de Herman Dooyeweerd e de seu cunhado, D. T. H. Vollenhoven. Ambos foram professores na Universidade Livre de Amsterdam, e desenvolveram sistemas de filosofia cristã inspirados no pensamento neo-calvinista de Abraham Kuyper, teólogo, jornalista, e estadista cristão holandês. A característica básica do pensamento reformacional é a negação de toda autonomia humana em relação a Deus. Kuyper disse certa vez que “não há um único centímetro, em todos os departamentos da vida humana, sobre o qual Cristo, o Senhor de todos, não diga: é meu”. Segundo Kuyper, o cristianismo não seria um “culto” ou uma “doutrina”, meramente, mas um sistema total de vida e pensamento, uma “biocosmovisão”. Com essa compreensão ele dedicou sua vida à reforma da vida cultural holandesa a partir do evangelho.

Influenciados pelo ideal de Kuyper, um sem-número de intelectuais, filósofos, cientistas e políticos cristãos dedicaram-se a reformar a cultura. Dooyeweerd e Vollenhoven dedicaram-se à filosofia, procurando empreender uma ampla reforma do pensamento teórico. Esses filósofos perceberam que o domínio do humanismo sobre a intelectualidade ocidental precisava ser quebrado, se o cristianismo pretendesse se articular como um sistema total de vida, e isso não seria possível se os cristãos continuassem lutando com as mesmas armas do inimigo, utilizando sistemas filosóficos contrários à cosmovisão cristã. Assim dedicaram-se à reforma radical do pensamento teórico, procurando reconstituir a filosofia desde suas bases, de forma coerente com a cosmovisão Bíblica. Surgiu assim a filosofia reformacional, distinguindo-se da filosofia humanista e da filosofia escolástica católica, comprometida com a correção permanente do pensamento a partir do evangelho.

Kuyperianismo e Filosofia

A perspectiva Kuyperiana ofereceu uma orientação bem definida para a filosofia cristã. Em primeiro lugar, naturalmente, mostrou a necessidade de uma nova crítica do pensamento filosófico. A filosofia ocidental ignora a crença em Deus sistematicamente, não simplesmente negando sua existência, mas evitando pressupor essa existência ao tratar dos problemas filosóficos, isto é, considerando-o irrelevante para a filosofia. Uma vez que na perspectiva bíblica todas as dimensões da vida devem operar Coram Deo, diante de Deus, esse estado de coisas é inaceitável ao cristão, não somente porque não está de acordo com a sua religião, mas porque não está de acordo com a estrutura da própria realidade!

Portanto, é necessária uma nova crítica de tudo o que a mente secular tem produzido desde os gregos.

Mas, além disso, é preciso lembrar, não há crítica sem ponto de partida, sem visão de mundo. Isso implica, portanto, a necessidade de articular uma visão de totalidade, procurando explicar racionalmente a estrutura básica do cosmo, e localizando, inclusive, o lugar da razão no cosmo. Uma das características mais importantes do pensamento reformacional é esse compromisso com uma explicação da totalidade do cosmo.

E aqui se encontra a principal contribuição do pensamento Kuyperiano para o cristianismo contemporâneo: a idéia de tomar a cosmovisão cristã não como o resultado de uma reflexão filosófica e científica, para convencer os incrédulos usando a cosmovisão deles, mas como o ponto de partida para realizar toda reflexão filosófica e científica, trazendo os incrédulos para a nossa cosmovisão. Afinal de contas, para salvar alguém num barco furado, é muito melhor trazê-lo para o nosso barco, do que entrar no barco dele para ajudá-lo a tirar a água! Essa nova perspectiva é geralmente denominada pressuposicionalismo.

A proposta filosófica dos gregos, tanto em seu estágio mais primitivo, “cosmológico”, como em sua forma “socrática”, não está errada do ponto de vista formal. Sua falha está no dogma da autonomia religiosa da razão. Esse dogma foi adotado no pensamento humanista moderno e contemporâneo, sendo pressuposto acriticamente pela maior parte dos pensadores seculares – e até pelos cristãos! Kuyper e Dooyeweerd desafiaram esse dogma ao sustentar que a filosofia pode e deve ser conduzida pelos cristãos trocando a centralidade da razão pela centralidade da religião.


Extraído da apostila INTRODUÇÃO À FILOSOFIA CRISTÃ - Uma Introdução à Filosofia na Tradição Reformacional

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Quais razões levaram os portugueses e espanhóis a se lançarem ao mar no final do século 15?

O início da idade moderna foi marcado por grandes transformações tecnológicas, culturais, religiosas, políticas e econômicas. A formação dos estados nacionais iniciou um novo tempo no que diz respeito a forma de governar e também a estabilidade nacional impedida por falta de unidade nacional. Este é o caso de Portugal e Espanha que começaram a investir em navegações depois de conquistarem a formação de seu Estado Nacional.
Neste momento a Europa vivia o enorme renascimento do comercio, porém para que as atividades comerciais pudessem prosperar era necessária a produção de dinheiro que era feita através de metais preciosos. A moeda era fabricada em ouro e prata, minérios esgotados desde o final do século XIV na Europa.
Quanto mais moeda circulasse em um Estado, mais seu comercio prosperava e mais os reis enriqueciam. Isso porque o mercantilismo adotado pelos reis era fundado em dois princípios fundamentais: o metalismo e a balança comercial favorável. Com o metalismo se buscava o acumulo de metais nos cofres reais. Com a balança comercial favorável se pretendia vender sempre mais que o que se comprava a fim de não gastar as reservas. Mas como obter ouro e prata? Havia duas maneiras: uma direta e outra indireta. A maneira direta era encontrar novas jazidas, entretanto para isso carecia-se de novas terras a serem exploradas. A maneira indireta era através do comercio. Para isso deveriam ter mercadorias que fossem facilmente negociadas e com altos lucros. A mercadoria, obviamente deveria ter alto valor no mercado Europeu. Este impasse leva a uma conclusão. Precisa-se de novas terras para serem exploradas em suas riquezas naturais e produtos bem vendáveis.
Por trás desse interesse comercial estão os reis, mas também a burguesia comercial que avança economicamente e quer mais. As especiarias eram os produtos melhor negociáveis naquele momento. Com as dificuldades enfrentadas para trazê-las do Oriente, surge a necessidade de se descobrir novas rotas para as índias.
Outro interessado na descoberta de novas terras é a Igreja Católica que enfrenta o avanço protestante na Europa. Novas terras significam povos a serem catequizados e inseridos na fé católica, e as navegações eram a oportunidades de estender a influencia da igreja a outros povos. Imbuídos de responsabilidade religiosa muitos padres Jesuítas embarcaram nas expedições marítimas com uma missão catequizadora, o que dava um “ar” de cruzada cristã a essa empreitada.
Os motivos principais destacados aqui foram suficientes para que Portugal e Espanha disputassem a corrida dos mares em busca de novas terras o que culminaria com "descoberta" do continente americano em 1492 por Cristóvão Colombo.

Bibliografia

CONTRIN, Gilberto. Historia e consciência do Brasil. São Paulo: Ed. Saraiva, 1998.


KOSHIBA. Luiz e Denise Manzi Frayze Pereira. Historia do Brasil. São Paulo: Atual Editora, 1996.
Bom dia alunos do 6° ano.

Faremos uma pesquisa sobre a cultura indiana.
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